30.11.09
let's just stop pretending, supposing, guessing, assuming
Put on my worried shoes, my worried shoes,
Took me so many miles and they never wore out,
My worried shoes, my worried shoes
I made a mistake that I never forgot,
Tied knots in the laces of my worried shoes,
Every step that I take is another mistake,
I march further and further away in my worried shoes
My shoes took me down a crooked path,
Away from all welcome mats,
My worried shoes,
I looked all around and saw the sun shining down,
Took off my worried shoes, my worried shoes
http://www.youtube.com/watch?v=yQMcA0Q4T6c
run, run, run, run, run, run
Stay in bed
I feel sad
When you run
Stop the night
Hold me tight
Don't stand up
I feel strange
When you go
28.11.09
Marx e a "Nova Gazeta Renana" - parte 1 de 8
Os movimentos radicais europeus, nas vésperas da revolução de 1848, dividiam-se em diferentes correntes e posições de diferente radicalidade: havia movimentos radicais religiosos antipapais e anticatólicas, movimentos radicais de natureza social, outras forças a organizar a justiça, em que se destacavam Proudhon, cuja concepção da sociedade e da distribuição da riqueza deixava um papel muito amplo às condições de que partia, considerando indispensável saber aproveitar os recursos de cada comunidade; havia movimentos radicais políticos que estudavam o papel que as minorias e a consciência do grupo desempenhavam na transformação social, estudando o papel das minorias revolucionárias. Assim como podemos encontrar debates radicais no campo da filosofia, da literatura, das relações entre os homens.
O segundo quartel do século XIX foi, na verdade, dominado por um espírito que tendia a levar as posições adoptadas ao seu extremo limite. Esse espírito radical desenvolvia-se no meio de uma sociedade muito fechada e egoísta, relacionada com o mundo saído da Revolução Francesa e o desaparecimento dos apoios sociais de toda a ordem que faziam face às injustiças mais gritantes.
Mas de todos esses movimentos decerto que o radicalismo político-económico de Karl Marx e o político-social de Proudhon, assim como, o radicalismo filosófico-religioso foram, os de mais persistente efeito.
A Nova Gazeta Renana - que a partir de aqui abreviaremos, NGR - recomeçou a publicar-se no ano da revolução, em 1848. Tendo em vista os sucessos revolucionários de Viena (13 de Março) e de Berlim (18 de Março), "a Liga dos Comunistas" (do latim communis = comunitário) recentemente fundada, em Londres, decidirá apoiar a revolução alemã. O trabalho de organização foi confiado a Karl Marx (1818 - 1883), que criou, para isso, uma administração central em Paris que, além dele próprio e de Friedrich Engels (1820 - 1895), compreendida também W. Wolff, H. Bauer, J. Moll e K. Schapper. O objectivo do comunismo, se o podemos definir numa frase única, era eliminar a propriedade privada dos meios de produção e dos bens imobiliários, entendendo que assim seria possível a todos os homens terem os mesmo direitos e as mesmas condições económicas.
Assim em Paris, Marx e Engels elaboraram as "reivindicações do partido comunista da Alemanha", que incluíam 17 alíneas, e estabeleceram os projectos para a organização da revolução alemã e a formação de uma república alemã unificada.
Os emigrados simpatizantes da liga de comunistas foram exortados a regressar à Alemanha, com vista a ajudar o exército da revolução e a trabalhar nos preparativos para a fundação de um partido proletário.
Para difundir o "Manifesto Comunista" e essas 17 reivindicações do partido comunista na Alemanha, Marx reuniu-se em Abril, na cidade de Colónia, com os seus amigos.
27.11.09
eu que aprenda a levantar
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
ne me quitte pas
escrevi esta música na parede e mandei-a por correio ao céu.
agora é só olhar para ele quando as estrelas decidirem aparecer para escreverem o que eu lhes pedi.
26.11.09
a TV que todos olham e ninguém vê
Autor: Giovanni Sartori
Capítulo: A Primazia da Imagem
3. A videocriança
"O ponto de viragem é dado, pois, pelo informar-se vendo. Esta viragem começa com a televisão. Pelo que, também eu começo pelo telever. Quaisquer que sejam, depois da televisão, os desenvolvimentos visuais do videover, é a televisão que modifica em primeiro lugar, e fundamentalmente, a própria natureza da comunicação, deslocando-a do contexto da palavra (seja ela impressa ou radiotransmitida) para o contexto da imagem. A diferença é radical. A palavra é um "símbolo" inteiramente resolvido naquilo que significa, naquilo que deixa compreender. E a palavra só deixa compreender se for compreendida, isto é, se conhecemos a língua a que pertence; de outro modo, é letra-morta, um signo ou um som qualquer. Pelo contrário, a imagem é pura e simples representação visual. A imagem, simplesmente, vê-se; e para ver basta a visão, basta não sermos cegos. A imagem não se vê em chinês, árabe ou inglês. Repito: simplesmente, vê-se.
Fica, então, claro que o caso da televisão não pode ser tratado por analogia, isto é, como se a televisão fosse uma prossecução e uma mera amplicação dos instrumentos de comunicação que a precederam. Com a televisão aventuramo-nos num novo radicalmente novo. A televisão não é um acréscimo; é acima de tudo uma substituição, que inverte a relação entre compreender e ver. Até hoje, o mundo e os acontecimentos do mundo eram-nos relatados (por escrito); hoje são-nos mostrados, e o relato (a sua explicação) é quase apenas em função das imagens que aparecem no vídeo.
Mas se for verdade, a consequência é que a televisão está a produzir uma mutação, uma metamorfose, que interessa a própria natureza do Homo sapiens. A televisão não é apenas um instrumento de comunicação; é, também, ao mesmo tempo, paideia (1), um instrumento "antropogenético", um media gerador de um novo anthropos, de um novo tipo de ser humano.
É esta a tese, ou, se quisermos, a hipótese, que cruza o livro todo e à qual, obviamente, voltarei por diversas vezes. Uma tese que se funda, como premissa, no puro e simples antefacto de que as nossas crianças vêem televisão, horas a fio, antes de aprenderem a ler e a escrever.
Curiosamente, esta exposição é criticada sobretudo porque (diz-se) habitua a criança à violência e a torna, quando adulta, mais violenta (2). Digo curiosamente, porque, aqui, um aspecto do problema substitui e esconde o problema. O argumento de que uma criança com menos de três anos não compreender aquilo que está a ver, mas, por isso mesmo, "absorve" a violência como um modelo excitante, e porventura vencedor, de vida adulta, é sem dúvida verdade. Mas porquê limitá-lo à violência? A verdade maior, e global, é que a criança cuja primeira escola (a escola divertida, que precede a escola aborrecida) é a televisão, é um animal simbólico que recebe o seu imprint, o seu cunho formativo, através das imagens de um mundo todo ele centrado no ver. Nesta paideia, a predisposição para a violência, é, dizia eu, apenas um aspecto do problema. O problema é que a criança é como uma esponja qe regista e absorve indiscriminadamente (visto não ter ainda capacidade de discriminação) tudo aquilo que vê. Ao mesmo tempo, e na vertente contrária, a criança formada pelo ver limita-se a ser um homem que não lê e, consequentemente, na maioria das vezes, "um desmiolado pelo vídeo", que se dedica aos videogames pela vida fora.
"No princípio era o verbo": assim reza o Evangelho de S. João. Hoje dever-se-ia dizer que "no princípio é a imagem". E com a imagem a ultrapassar a palavra, instala-se uma cultura juvenil muito bem descrita por Alberoni (1997):
25.11.09
bang bang
s. f.
1. Modo de ver pessoal.
2. Juízo que se forma de alguém ou de alguma coisa.
3. Adesão pessoal ao que se crê bom ou verdadeiro.
4. Modo como o geral das gentes vêem certas coisas ou dizem julgar delas. (Também se diz opinião pública.)
5. Voto, parecer.
6. Credo político; crença. (Usado também no plural)
7. Infrm. Presunção, amor-próprio.
tolerância
s. f.
1. Condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir.
2. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas.
3. Med. Faculdade ou aptidão que o organismo dos doentes apresenta para suportar certos medicamentos.
24.11.09
rain
you wanna live a lie and I'm pretty in scarlet
23.11.09
I'm watching porn
Now I dream of you
But I still believe
There's only enough for one in this
Lonely hotel suite
You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet, and you were sound
You saved me
Thank you. Goodbye, nightmare.
'bruna de oliveira lopes', por 120 - nariz empinado
e embora não o demonstre tanto assim
eu preocupo-me contigo
admiro-te pelo q és
humilhas os que vos chamam sexo fraco
porque mostras que nem todas as mulheres
devem ser postas no mesmo saco
o que digo torna-se repetitivo
mas eu sei do que falo
dama, tu tens objectivos
e lutas pa concretizá-los
dizer que és tipo imperatriz
acredita que é pouco
mereces governar a alegria e ser feliz
mais do q qualquer outro
dizes que fui eu que te meti nos hiphop's
que foste influenciada
mas se tu não tivesses interessada
eu não podia fazer nada
eu sei que a tua vida
não gira à volta de homens, pelo contrário
pões na cabeça destes jovens
o que eles não têm e é necessario
não tenho jeito para dedicatórias
desculpa se sou otário
so quero dizer que 'Bruna Lopes'
nunca há-de ser definida pelo dicionário
mesmo quando não estás comigo
eu sei q não me esqueces
pouca gente me tem conhecido
como tu já me conheces
eu também jé te conheço um pouco
não como a palma da minha mão
mas o suficiente
para saber quando algo 'tá errado ou não
fizeste aquela rasta
que fui eu que cortei sem stress
agora quase te arrastas
por quem não te merece
contas-me tudo, agradeço-te
por confiares em mim
se tiveres frio, eu aqueço-te
só falo pa te aconhegares em mim
assim, deixo-te interpretar as palavras
como entenderes
e ficamos com isto pra nós
se eu desaparecer daqui ou tu desapareceres
e isto que digo é puro
nunca me magoa
se eu alguma vez fui maduro
foi por ter estado com a tua pessoa
e agradeço-te mais uma vez
já me faltam palavras pra adjectivar-te
hás-de levar sempre
um pedaço meu pra toda a parte
porque não sei como teria sido
a minha vida sem ter estado
com aquela dama do porto
que me parecia de nariz empinado"
22.11.09
MASS DESTRUCTION
Wicked mind is a weapon of mass destruction
Whether you're soar away sun or BBC 1
Disinformation is a weapon of mass destruction
You could a Caucasian or a poor Asian
Racism is a weapon of mass destruction
Whether inflation or globalization
Fear is a weapon of mass destruction
the fragile
She shines
In a world full of ugliness
She matters when everything is meaningless
Fragile
She doesn't see her beauty
She tries to get away
Sometimes
It's just that nothing seems worth saving
I can't watch her slip away
If I could fix myseld I'd - but it's too late for me
It's something I have to do
I was there, too
Before everyhting else,
I was like you
21.11.09
abençoado deviantart - aqui temos 8000 palavras
The Different Sides of D O 006: http://quemas.deviantart.com/art/The-Different-Sides-of-D-O-006-119659604
s xx 11 updated: http://fav.me/d28h8cm
advice: http://fav.me/d26y429
energia
No disappointment, until I wake up
Don't want to wake up!
gosto de brincar aos segredos comigo mesma. e de me dar abraços, para me aquecer.
20.11.09
18.11.09
!!!
pode ser entendida como a voz da sociedade civil ou a expressão da vontade colectiva. neste sentido, a opinião pública influencia a política e pode, inclusive, derrubar governos.
somebody to love
ter tempo.
construir solidamente.
criar alicerces.
não deixar a vida apagar.
ir com o vento.
viver confortavelmente.
fazer do 'eu' as minhas preces.
trabalhar.
ser justa e manter a calma.
deitar fora o(s) desnecessário(s).
ter mãos para agarrar o que vale a pena.
ser o que penso.
afastar-me do medo.
e esquecer os segredos.
salvar o que se deitou ao lixo.
ser, viver, colher para comer.
sorrir ao acordar.
sem chorar ao adormecer.
chega do erro.
é tempo de acertar.
When the truth is found to be lies
And all the joy within you dies
You better find somebody to love.
não eu.
17.11.09
NÃO ME EMPRENHEM MAIS PELOS OUVIDOS!
15.11.09
dedico a hoje
Pró meu silêncio ainda não há um dicionário
E eu não falo sem pensar e não quero pensar demais
Não espero interpretações ou traduções emocionais.
Como todas as mulheres quero sentir que sou diferente
Sou todo o cliché da vida toda pela frente,
Sou carente q.b. como um domingo persistente em que
Não sei porquê a gente tem olhar ausente.
Amiga, como tu tenho medo da rejeição
Chorei deitada no chão, achei que era em vão e não
Havia solução a ferida ficaria aberta,
É certo que te marca mas não mata, só desperta.
Também sou insegura, ponho a lupa nos defeitos,
Tenho a fúria do espelho, muitas dúvidas no peito…
Às vezes não me valorizo, não grito quando é preciso,
Não tenho juízo e vivo em função doutro indivíduo
Como tu não sou perfeita mas esse é o nosso carisma
E quem cisma e não respeita não consegue ver um cisne.
A beleza não se finge é aquilo que tu emanas, mana
Como uma esfinge fica sólida a uma deusa humana.
Somos assim cheias de contradições como as tradições sem fim que nos atiram p’ra depois.
Vestem-nos de cor de rosa p’ra enfeitar um mundo que é cinzento,
Querem-te vistosa mas cagam em como estás por dentro
E não tens tempo p’ra te amares a ti
Tens de ser loira, boa, magra, sensual e com Q.I.
Claro que assim manter uma auto-estima dá muito trabalho.
Não sou a super-mulher e mando o mundo p’o caralho!
Carta fora do baralho mas serei dama de copas,
Serei rainha como tu um dia, topas?
E quando fraquejares vais repetir num sussurro
Aquilo que eu canto p’ra sorrir num dia escuro.
Capicua - Alfazema
13.11.09
transborda e eu fujo
não, a minha porta não abre, não fecha. a minha porta bate na parede com a ventania, a minha porta não sabe para onde... para onde devo ir.
fiel ao que penso, ou fiel ao que sinto? - estou desviada do que me prende à terra.
a tua mente só livre quando encontrares a tua paz
eu prefiro ficar assim. eu prefiro ficar de maneira nenhuma.
12.11.09
so funny
até quero ver...
bem, vou ao meu chá falar de amor ao cão. porque eu não sou mulher e a mim até assenta bem.
somos mesmo do caralho. as que gostam e as que não gostam, as que sabem e as que não sabem, as que querem e as que não querem - falar do amor.
bruna lopes é sinónimo de irresponsabilidade e isso toda a gente sabe
rumor dos fogos
na pele das serpentes atravessaria toda a memória
com a língua em teus cabelos dormiria no sossego
da noite transformada em pássaro de lume cortante
como a navalha de vidro que nos sinaliza a vida
sulcaria com as unhas o medo de ter perder... eu
veleiro sem madrugadas nem promessas nem riqueza
apenas um vazio sem dimensão nas algibeiras
porque só aquele que nada possui e tudo partilhou
pode devassar a noite doutros corpos inocentes
sem se ferir no esplendor breve do amor
depois... mudaria de nome de casa de cidade de rio
de noite visitaria amigos que pouco dormem e têm gatos
mas aconteça o que tem de acontecer
não estou triste não tenho projectos nem ambições
guardo a fera que segrega a insónia e solta os ventos
espalho a saliva das visões pela demorada noite
onde deambula a melancolia lunar do corpo
mas se a juventude viesse novamente do fundo de mim
com suas raízes de escamas em forma de coração
e me chegasse à boca a sombra do rosto esquecido
pegaria sem hesitações no leme do frágil... eu
humilde e cansado piloto
que só de te sonhar me morro de aflição
de Al Berto
T, vê no teu mp3 se ainda existe uma gravação minha a ler este poema. Andava a brincar com ele a ler isto vezes e vezes sem conta. Só me ria e tinha de voltar ao início.
Tenho de entregar um trabalho de Literatura amanhã e qual não foi o meu espanto quando reparei neste poema numa das últimas páginas do livro, mesmo à espera da minha surpresa.
mãe
- parabéns, mãe
- tenho fome, mãe
- mãe, não há água em casa
- mãe, traz comida por favor
- mãe, parabéns, mãe
- mãe, eu quero ficar melhor
- mãe, estou fraca
- mãe, estou prestes a desmaiar, traz-me comida
- mãe
- mãe, devo ter vomitado bílis
- "mãe, eu quero morrer, mãe"
- mamã!!!
10.11.09
don't be afraid to care
a chave
o porquê da música e do filme em francês. o porquê da cidade, o porquê das cores.
é ficar-se surpreendido com a minha escolha, pensar no que eu me fui lembrar desta vez, mas, de um estalar de dedos, ser óbvia e engraçada a opção escolhida, sem eu ter de abrir a boca.
é encontrar em mim razões, mesmo sem saber antecipadamente o que vou fazer a seguir.
não é saber que eu pintei muito do meu peito para que ficasse frio e que a tinta por vezes estala - é saber o porquê.
e há quem saiba melhor que eu.
http://www.youtube.com/watch?v=5Z6s2Ln58Xw
9.11.09
21-12-2012
Culturas ancestrais previram o ano de 2012, como o ano do 'fim do mundo', do 'apocalipse', ou ainda como ano em que se irá iniciar uma nova era - as mais diferentes crenças dizem que o mundo como o conhecemos poderá deixar de existir.
Depois de uma discussão com uma colega de turma sobre isto, fiquei o dia todo a pensar, a pensar sem parar! Fiquei com vontade de ver o tempo andar para a frente, para saber se será verdade. Estaria a mentir se dissesse acreditar, mas estaria a mentir, também, se dissesse que não tenho curiosidade e vontade de o saber.
Como é natural em mim, comecei a pensar no que faria nesse dia. Se não houver nada que me prove que é mentira, sei que no dia irei pensar em muita coisa e não vai ser, de certeza, um dia como os outros.
Terei 20 anos, estarei a tirar o meu curso, amarei os meus pais e a minha família, terei cicatrizes no meu corpo e no meu peito, terei conhecido montes de pessoas, terei sonhos, terei frustrações. Terei filhos por acidente, talvez. Estarei fora do país, talvez. Estarei longe do amor, talvez. Serei revoltada ainda, talvez. Terei tomado muitas decisões e seguido muitos caminhos - com certeza.
Assusta-me que o mundo acabe, mais do que me assusta a morte.
Assustar-me-ia saber que ia morrer, mesmo sabendo, já, que vou morrer.
Assusta-me saber que não lido da pior maneira com a morte, mas que iria reagir muito mal ao fim.
Assusta-me a hipocrisia da nossa vida. Pode haver, não um fim do mundo, mas um fim de vida a qualquer momento. Quantas e quantas gerações já existiram? Quantas pessoas já houve? Quantas pessoas já morreram?
Assusta-me a ideia de morrer depois de ver quem amo ir.
Mas de que me adiantaria ficar assustada? De que adiantaria morrer de mão dada às pessoas que amo? De que me adiantaria que muito do que acontecesse, fosse da maneira mais fácil e mais suportável?
De que me adianta, AGORA, que a qualquer momento posso morrer, que as coisas se processem da maneira mais fácil e suportável?
Já não tenho curiosidade em saber o que me vai acontecer no dia 21 de Dezembro de 2012. Tenho curiosidade, sim, em saber o que me vai acontecer amanhã e depois. O que farei? O que farei para que, no limiar da morte, sinta que os que ficam se poderão lembrar de mim com orgulho?
É disso que se trata.
Quem me dera acreditar na vida após a morte.
mais informações sobre o assunto: http://porque2012.com/porque2012.html
8.11.09
oh precious
dias quentes em gelados.
escuros e claros.
bonitos e feios. distância e toque.
saudade e sufoco. enjoo.
sorrisos e discussões.
indivíduos e multidões. ócio e trabalho. cansaço e preguiça.
ahah, o mundo.
Oh precious, I've been tired.
Oh precious, I've been missing you.
http://www.youtube.com/watch?v=7H5-QG2b3bM
It's only the sound of the phone ringing
It's only your silent voice singing
It's only the darkness bringing memories of you
It's only the first double meaning
It's only the second hand dealing
It's only you carefully stealing pieces of me
And though
It's been long
So so long to be here
And though
I was wrong
It took you to appear
Before I would run from you
But now
I come to you
It's only the tired clock ticking
It's only the part of the drum kicking
It's only the touch of you picking little old me
It's only my favourite face breaking
It's only the frozen ground shaking
It's only my opening eyes taking pictures of you
7.11.09
aphex twin? quem?
Aphex Twin, nome artístico de Richard David James (Limerick, 18 de Agosto de 1971), é um DJ e produtor de música electrónica, nascido na Irlanda, mas criado na região da Cornuália, Inglaterra.
O seu trabalho é marcado por linhas harmónicas sombrias e elaboradas, batidas originais e abrasivas e pela originalidade da textura dos sons que cria. Utiliza diversos outros codinomes, tais como AFX, Bradley Strider, Caustic Window, Gak, Polygon Window, Power Pill e Q-Chastic.
James é filho de Lorna e Derek James (que participam no disco "Drukqs", na faixa "Lornaderek", a cantar a música «Parabéns Para Você» para o seu "pequeno filho de 28 anos"). Enquanto adolescente, trabalhou como DJ em Cornwall. Confirmou-se como sendo verdade que ele tinha pouco contacto com a música e que criava seus próprios instrumentos (com conhecimentos adquiridos através de cursos sobre eletrónica feitos por correspondência). De facto, ele já disse numa entrevista que a única música que o influenciou foi a dele próprio. Sendo isso verdade, o aclamado álbum Selected Ambient Works 85-92, de 1992, teria começado a ser feito quando James tinha apenas 14 anos e de forma totalmente isolada.
James vive uma vida relativamente isolada e, quando dá entrevistas, costuma ser excêntrico, mentiroso e confuso.
Entre diversas lendas surgidas sobre ele, ao menos três são verdade. Ele realmente tem um tanque de guerra norte-americano de 1950 e um pequeno submarino russo. De facto, ele mora num Banco da HSBC, convertido numa residência. Reza a lenda que James vive nos cofres, que também usa como estúdio.
Quanto ao uso de drogas, diz que já experimentou diversas, mas que nunca trabalha sob o efeito de nenhuma.
Existem relatos de que ele se veste de maneira rústica, e repórteres já declararam em matérias que ele usa roupas velhas e rasgadas, mesmo em shows.
Usualmente James não fala, acena ou dança durante suas performances ao vivo. Muitas vezes ele nem ao menos faz contato visual com o público, outras vezes toca na escuridão ou no fundo do palco.
Uma vez, no Brasil, no Free Jazz Festival de 2001, a maioria do público não percebeu que ele tinha começado a tocar e ele só pôde ser visto perante as pick-ups uma hora depois de começada a apresentação.
Fonte: Wikipedia
http://www.youtube.com/watch?v=5Az_7U0-cK0 - Come to Daddy
http://www.youtube.com/watch?v=tatccHVfuhA - Donkey Rhubarb
http://www.youtube.com/watch?v=2fmo1Sjn7dg - Window Licker
http://www.youtube.com/watch?v=Qwe10iDlFQo - Vordhosbn
http://www.youtube.com/watch?v=MBFXJw7n-fU - Avril 14th
6.11.09
era uma tchapada
seria um título excelente
é como se olha!
o coração que se ria de mim
e estava dentro, enterrado no meu peito, a rir-se de mim, a ver-me procurar por ele!
ai, é tão estúpido quando bate.
black coffee
5.11.09
boas coisas
foi engraçado como, desde segunda-feira, ou caí, ou bati com a cabeça, ou me trilhei todos os dias!
o meu par!
O meu par - Halloween
(letra com correcções e suprimida em algumas partes)
4.11.09
deixa-me rir
eu hei-de amar uma pedra - se eu já não amo
Se eu souber responder...
O título do seu novo romance, Eu Hei-de Amar Uma Pedra, nascendo embora de um canto popular, terá a ver, igualmente, com impossibilidades do amor?
Não sei russo, mas quando dizem que Pushkin empregava a palavra carne e sentia-se o gosto da palavra carne na boca, isso tem a ver com as palavras que se põem antes e depois. É a mesma coisa que amor. Os substantivos abstractos são perigosos.
Há uma personagem no livro, que, à quarta-feira, ao longo de décadas, vai, secretamente, a uma pensão da Graça, ama e ali morre...
Foi daí que o livro veio. Só mudei o sítio. Sempre me espantou essa extraordinária forma de amor. A sexualidade, sempre tão importante para mim - e continua a ser -, cada vez me parece mais vazia de sentido quando não há outro modo de diálogo e de encontro, embora seja muito difícil resistir ao desejo imediato.
Amor é algo mais?
A noção de amor varia de pessoa para pessoa. Muitas vezes estamos apaixonados ou estaremos agradecidos por gostarem de nós? Ou será que o outro é apenas alguém junto de quem nos sentimos menos sozinhos? Não sei bem o que é a verdade acerca do amor e duvido que haja quem saiba. Só tenho perguntas, não tenho respostas. Até que ponto o amor não é apenas a idealização de um outro e de nós mesmos?
Nunca é fácil salvar uma relação...
Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam. Não me preocupa muito. Preocupa-me em relação a mim mesmo, mas há grandes partes da minha vida que eliminei sem piedade. Não vou a jantares, não vou a lançamentos.
E não tem solidões?
Preciso e gosto de estar sozinho.
(...)
Estou a dizer que o livro é melhor do que eu. Não escrevo assim tão bem.
Quem escreve o livro por si?
Um dia, em conversa com Eduardo Lourenço, a propósito de criação literária, ele lembrava o soneto de Pessoa (de quem não sou grande fã e ele é), que fala de «emissário de um rei desconhecido (...)», uma espécie de mensageiro. Há uns tempos, disse ao telefone, ao meu agente, ter a sensação de que era um anjo que estava a escrever por mim. Lembrei- -me, então, que anjo quer dizer mensageiro. Quando estou a escrever, parece que estão a ditar-me e a mão a reproduzir.
(...)
Que tempo vivemos: o do julgamento?
Tenho uma vida um pouco especial. Estive recentemente na Roménia, um país que me encanta e me faz reaprender o que é a liberdade. Um país muito parecido connosco...
No aspecto da liberdade?
No da latinidade. Quando voltei, havia todas essas coisas provocadas por este espantoso governo que temos. Tudo o que se tem passado me dá vontade de rir. Nós nunca vivemos em democracia, tal como os EUA não vivem em democracia. A democracia implicaria um referendar constante das decisões, e isso não acontece.
Há eleições...
Vota-se de quatro em quatro anos, mas, entre esses quatro anos, não nos pedem opinião. O que se tem verificado em Portugal, a propósito da liberdade de imprensa, não passa de uma luta de poder igual a tantas outras. De uma forma geral, olho para os políticos com uma indulgência divertida, sejam de que partidos forem. Há pouco tempo, estava no estrangeiro, num encontro com cento e tal escritores, e ouvi falar de Portugal por causa do «barco do aborto». Comentava-se que um ministro nosso terá dito: O mar português é um mar com princípios. Foi um motivo de troça à minha custa, que não tinha culpa nenhuma.
Portugal é diferente dos outros países?
Claro que não. Nem somos piores. E temos uma língua espantosa. E um clima maravilhoso. Cada vez me seria mais difícil viver longe de Portugal. Gosto muito do meu país.
(...)
Que imagem tem da língua portuguesa, falada por 250 milhões?
Na sua maior parte, as pessoas que conhecem o português em alguns países conhecem o português do Brasil, cujo léxico e musicalidade são diferentes. Julgo que o meu português coloca problemas específicos. Estou a lembrar-me do problema que foi para um tradutor expressões como alto lá com o charuto. Todas as línguas têm a sua idiossincrasia. Uma tradução acaba por ser uma fotografia a preto e branco.
Sente-se bem a escrever em português?
É a minha língua, não me imagino a escrever noutra.
(...)
Tem palavras por meio das quais procure um significado absoluto?
Tenho aprendido mais a escrever com os poetas do que com os prosadores. Em poesia, pelo menos nos poetas que admiro, cada palavra tem um brilho próprio. Mas não gosto de dividir as coisas em romance, conto, novela, poema.
Convoca tantas flores para os seus livros... Fazem parte da sua natureza?
Vivo sem flores, não tenho flores em casa. Vivo com livros e quadros, a maior parte oferecidos pelo Júlio Pomar. Nunca tive bens materiais. Nem uso relógio. Posso fazer a mala e ir-me embora. Não estou agarrado às coisas.