28.2.10

mata-me outra vez



Páro de andar,
Páro p'ra te ouvir.
Páro para ver se é bom p'ra mim.
Se é melhor do que uma vida
Tão só e prenha por ninguém.
E vejo que é bom dizer,
Páro p'ra te ouvir.
Mas foi só
Para ver
Se o futuro é para nós.
Para quem tem o mesmo mal de
Não saber amar.
Falo que
Pensar em mim
É cura e faz-me acordar.
Ou dormir.


Fala-me um pouco mais,
Era tão bom subir
E dar o que eu nunca dei a ninguém.
Sei que é bom teu travo a tudo
O que é mortal.


Já agora,
Mata-me outra vez.

(PimBa!)

26.2.10

http://www.fotolog.com/atravesdalingua

LET YOUR FEELINGS SLIP BOY

BUT NEVER YOUR MASK BOY

Cromo

andamos pelo mundo experimentando a morte
dos brancos cabelos das palavras
atravessamos a vida com o nome do medo
e o consolo dalgum vinho que nos sustém
a urgência de escrever
não se sabe para quem


o fogo a seiva das plantas eivada de astros
a vida policopiada e distribuída assim
através da língua... gratuitamente
o amargo sabor deste país contaminado
as manchas de tinta na boca ferida dos tigres de papel


enquanto durmo à velocidade dos pipelines
esboço cromos para uma colecção de sonhos lunares
e ao acordar... a incoerente cidade odeia
quem deveria amar


o tempo escoa-se na música silente deste mar
ah meu amigo... como invejo essa tarde de fogo
em que apetecia morrer e voltar

Al Berto, in 'Salsugem'

primeiro dos pontos

I don't know how I feel
Do you know how you feel?
Are you yourself?
Are you someone else?
'Cause I am me
I am me


I don't have to pretend
I don't need a friend
Do you really believe?
Or do you decieve?

19.2.10

tem a sua piada




It was good what we did yesterday.
And I'd do it once again.
But it's truly, truly a sin
.

18.2.10

chabala, chabala


Abriu a primeira porta que viu à mão e entrou.

Os seus olhos fotografaram instantaneamente o quarto.
Viu-a pelo espelho, imóvel, no limiar da porta.
Ela adiantou-se; ele tirou a pistola da algibeira.
Estremeceu a noite fria envolta em nevoeiro.
Havia vagões e pilhas de carvão por todos os lados.
Dentro da casa não havia sinal de vida.
Enfiado pela chaminé estava um corpo de mulher.
Quem matou a chabala (chabala)?

16.2.10

here I'm alive, everything all of the time


I'll laugh until my head comes off

14.2.10

e chamar-me a paz ao espírito

...quando o que eu menos desejo é paz em mim.
a paz acontece-me quando, na montanha-russa da minha vida, ando um bocado mais devagar para, posteriormente, a velocidade aumentar e o peito me sair pela boca. a paz é uma puta, a paz não anda comigo por andar; ela existe em mim e chama-me à calma e ao sabor da felicidade momentânea. eu sou uma pessoa feliz e a paz anda comigo porque eu finjo que a quero. mas eu sou montanha-russa e por mais puta que a paz seja, não me vai conseguir foder, porque agora não tenho nada a pagar-lhe.
e não lhe darei o meu corpo. 
eu não sou feita de paz, eu odeio a paz, eu tenho de complicar e de foder tudo para depois poder juntar os cacos dos copos que parti. junto-os e nunca mais faço um copo igual ao primeiro - eu quero mais é que a perfeição vá dar uma curva, porque eu a detesto e mal junto os pedacinhos do copo, que vao sendo cada vez mais difíceis de juntar, volto a pegar nele e a parti-lo. 
eu quero e vou arriscar tudo o que tiver de arriscar, porque eu não tenho medo das consequências - You know me/ I'm Mr. Nice/ You know me/ I survive at any price/ So it seems I'm devil's son -, porque eu só tenho medo da minha própria reprovação. 


guerra aberta à minha paz!

on doit se taire



Se taire,
Tu m'en as tant dis, plus rien ne m'étonne
Se faire,
Des serments muets, des promesses aphones
Les mots de trop
Il faut se taire
Nos langues se fatiguent, ménageons-les pour
Se faire langue contre langue, un dialogue de sourds.
Parfois, crois-moi, on doit se taire
Garde ta salive, que je puisse enfin
La faire couler dans ma gorge comme un doux venin
Les mots
de trop
Il faut se taire
Nos lèvres sont sèches et nos bouches ont mieux
à faire que se prendre au mot, que se prendre au jeu.
Parfois crois-moi, on doit se taire
Enfin
Se taire, à la fin.

basta menos de um quarto de palavra e um quilo de silêncio. felizes os solteiros.

13.2.10

porque nunca se sabe quando algo começa



I am tired, I am weary
I could sleep for a thousand years
A thousand dreams that would awake me
Different colors made of tears
Shiny, shiny, shiny boots of leather
Whiplash girlchild in the dark
Severin, your servant comes in bells, please don't forsake him
Strike, dear mistress, and cure his heart

12.2.10

This magic moment

This magic moment
So different and so new
Was like any other
Until I met you
And then it happened
It took me by suprise
I knew that you felt it too
I could see it by the look in your eyes

Sweeter than wine
Softer than a summer's night
Everything I want, I have
Whenever I hold you tight

11.2.10

eu não sei estragar a digestão

(...) parece-me que mesmo a palavra mais grosseira, mesmo a carta mais impertinente ainda são mais benévolas, mais honestas, que o silêncio. Nos que se calam, há quase sempre falta de delicadeza e de cortesia sinceras; o silêncio é uma reserva, engolir tudo causa necessariamente mau carácter, e até estraga a digestão. (...)
Nietzsche

9.2.10

how much time can you kill?

#1

é necessário acreditar em alguma coisa - algo tem de ser verdade absoluta.
acreditar num ponto é condição necessária para que exista um segmento.
pensa-se, escolhe-se.
só depois se sente. escolhemos o que sentimos; sentimos superficialmente.
só depois nos cansamos.
sem nunca descansar a razão.

7.2.10

amo-te, Teresa

Asas servem para voar,
Para sonhar, ou para planar
Visitar, espreitar, espiar,
Mil casas do ar.

















As asas não se vão cortar;
Asas são para combater,
Num lugar infinito no vácuo,
Para respirar o ar.

















As asas são
Para proteger, te pintar
Não te esquecer,
Visitar-te, olhar-te, espreitar-te
Bem alto do ar.

















E só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.

















Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.


POR VEZES
EU TAMBÉM
VOO
mais alto que as nuvens
e digo 'olá' a todos os pássaros 
que estão pendurados 
no céu
sim, eu sei o céu de cor!

sweet

aww

5.2.10

a relembrar bons velhos tempos.



e por agora é só

fuck you

I wish I could throw it on the fire
I wish I could
But to say I would
I'd be a liar!

when I caught it you were out of reach

Please don't say we're done
When I'm not finished
I could give you so much more
Make you feel, like never before
Welcome, they said welcome to the floor


It's been a while
And you've found someone better
But I've been waiting too long to give this up
The more I see, I understand
But sometimes, I still need you


Sometimes, I still need you


I was struggling to get in
Left waiting outside your door
I was sure
You'd give me more


No need to come to me
When I can make it all the way to you
You made it clear
You weren't near
Near enough for me


Heart skipped a beat
And when I caught it you were out of reach
But I'm sure, I'm sure
You've heard it before

1.2.10

Psycho a Go-Go

silence silence silence silence silence silence!!



Did you know when you lost?
Did you know when I wanted?
Did you know what I lost?
Do you know what I wanted?