29.10.09

eles fizeram-me arma de suicídio, como a muitos



a ver o mundo, a fazer do mundo o meu campo de batalha e o meu parque de diversões; a fugir do mundo no momento do sonho, a seguir o mundo quando acho que ele anda a tramar alguma, a ignorar o mundo por ter medo de errar, a acarinhar o mundo pelo mal que lhe andam a fazer, a querer salvá-lo; eu, mudá-lo.
falta alguma coisa. falta-me sempre qualquer coisa: como o ser humano é insaciável. eu tenho sede de justiça, de liberdade, de amor, de calma, de paixão, de revolta, de loucura, de lucidez, do sonho e da obra feita.
como podemos sentir as coisas - ver a diferença de rostos e de opinião, não como defeito, mas como aquilo que faz o mundo tão fabuloso; ver como somos iguais - como fraquejamos todos e nos levantamos de alguma maneira; ver como a voz do mundo depende de cada um - "se ela se cala (a voz) a culpa é minha".

uma vénia aos que pensam, aos que lutam, aos que agem, aos que procuram, aos que morrem pela causa, aos que não se rendem ao comodismo. uma vénia à revolta com razão. uma vénia ao povo que é e será sempre soberano. uma vénia à diferença pessoal, uma vénia à igualdade social.
uma vénia ao mundo - meu e de todos.

dar-lhe-ei a minha voz e ele não se calará! nem que tenha de ficar sem ela...

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