1.12.09

a onda (die welle) | não há donos da razão



Sem dúvida, um dos melhores filmes que já vi até hoje.
A mensagem mexeu comigo e decerto mexerá com muitos. Colocou a minha opinião num filme.
E isto é, ainda, muito actual. Basta olharmos durante 5 minutos para o que se passa à nossa volta e reflectirmos sobre isso.
É preciso olharmos como quem vê, não como quem se deixa cegar.

Um professor do ensino secundário propõe aos seus alunos uma experiência que tem como objectivo perceberem como funciona um regime totalitário. Os alunos iniciam então o projecto que terá consequências trágicas. Ao fim de alguns dias, noções inicialmente inofensivas tornam-se um verdadeiro movimento: a Onda. E ao terceiro dia, os alunos começam a excluir e perseguir aqueles que não se unem à causa. Quando o conflito explode e a violência vem ao de cima, o professor resolve terminar o projecto. Mas é demasiado tarde, a Onda já é incontrolável.

Do meu ponto de vista, esta situação poderá não acontecer somente no contexto do funcionamento de um regime totalitário. Qualquer partido/associação/regime que se una e não ouça outros, virando as costas às diferentes opiniões existentes, é e será pilar de apoio à injustiça e à desigualdade social disfarçada, porque não há donos da razão na política - esta não sobrevive de relações causa-efeito como noutras ciências; sobrevive, sim, de pensadores, opiniões, necessidades e do interesse geral de determinada população (assim deveria ser, pelo menos).
Um partido/associação/regime não se deveria reger somente por ideologias, mas sim por necessidades praticáveis, não utópicas. Necessidades do presente, para o presente e para o futuro. Necessidades inerentes ao ser humano, como comunidade e como indivíduo: mudar em nome da Justiça por si mesma, não pela defesa ou publicidade de grupos de carácter político.
É necessário procurarmos o caminho que mais corresponde aos nossos pensamentos, sem nunca esquecermos ideias que nos outros caminhos também existem e que podem servir para o mesmo fim, fim esse que pode ser semelhante ou igual ao nosso.

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