23.9.10

P'ra que não façam pouco
Procuro não gritar
A quem pergunta minto
Não quero que tenham dó
Num egoísmo louco
Eu chego a desejar
Que sintas o que sinto
Quando me sinto só.

4 comentários:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=mFMEfWCDXmQ

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  2. Sou o que sabe não ser menos vão
    Que o vão observador que frente ao mudo
    Vidro do espelho segue o mais agudo
    Reflexo ou o corpo do irmão.
    Sou, tácitos amigos, o que sabe
    Que a única vingança ou o perdão
    É o esquecimento. Um deus quis dar então
    Ao ódio humano essa curiosa chave.
    Sou o que, apesar de tão ilustres modos
    De errar, não decifrou o labirinto
    Singular e plural, árduo e distinto,
    Do tempo, que é de um só e é de todos.
    Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
    Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada.

    “Sou” - Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"

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  3. P.S.: Continuo a ser-te anónimo (parece que o vou ser sempre, até um dia entrar em ti) até um dia entrar em todos.

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