14.2.16

elevador

os carros que se entendam na
confusão criada pela sua frequência
e que a cidade reaja à tempestade
de barulho atroz
e que reaja também ao falhar da voz,
aquela que , escolhida e vencedora, costuma chegar ao céu.

e que a água escorra e
regresse e não acabe nunca
e volte e molhe
e continue assim, infinita,
e relembre à cidade de que se pode
voltar a existir com um pouco mais de vida.

porque os céus estão esgotados.
já não há mais filas para furar.
a espera acabou.
esta cidade é só da minha janela
e, sem que haja mais escadas para serem subidas,
decreto que a armadilha funcionou.

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