9.11.09

21-12-2012

2012 aproxima-se e cientistas, religiosos e místicos do mundo inteiro correm atrás de pistas deixadas por civilizações e profetas do passado, de maneira a tentarem inferir como será o fim dos tempos.
Culturas ancestrais previram o ano de 2012, como o ano do 'fim do mundo', do 'apocalipse', ou ainda como ano em que se irá iniciar uma nova era - as mais diferentes crenças dizem que o mundo como o conhecemos poderá deixar de existir.


Depois de uma discussão com uma colega de turma sobre isto, fiquei o dia todo a pensar, a pensar sem parar! Fiquei com vontade de ver o tempo andar para a frente, para saber se será verdade. Estaria a mentir se dissesse acreditar, mas estaria a mentir, também, se dissesse que não tenho curiosidade e vontade de o saber.
Como é natural em mim, comecei a pensar no que faria nesse dia. Se não houver nada que me prove que é mentira, sei que no dia irei pensar em muita coisa e não vai ser, de certeza, um dia como os outros.
Terei 20 anos, estarei a tirar o meu curso, amarei os meus pais e a minha família, terei cicatrizes no meu corpo e no meu peito, terei conhecido montes de pessoas, terei sonhos, terei frustrações. Terei filhos por acidente, talvez. Estarei fora do país, talvez. Estarei longe do amor, talvez. Serei revoltada ainda, talvez. Terei tomado muitas decisões e seguido muitos caminhos - com certeza.
Assusta-me que o mundo acabe, mais do que me assusta a morte.
Assustar-me-ia saber que ia morrer, mesmo sabendo, já, que vou morrer.
Assusta-me saber que não lido da pior maneira com a morte, mas que iria reagir muito mal ao fim.
Assusta-me a hipocrisia da nossa vida. Pode haver, não um fim do mundo, mas um fim de vida a qualquer momento. Quantas e quantas gerações já existiram? Quantas pessoas já houve? Quantas pessoas já morreram?
Assusta-me a ideia de morrer depois de ver quem amo ir.

Mas de que me adiantaria ficar assustada? De que adiantaria morrer de mão dada às pessoas que amo? De que me adiantaria que muito do que acontecesse, fosse da maneira mais fácil e mais suportável?

De que me adianta, AGORA, que a qualquer momento posso morrer, que as coisas se processem da maneira mais fácil e suportável?
Já não tenho curiosidade em saber o que me vai acontecer no dia 21 de Dezembro de 2012. Tenho curiosidade, sim, em saber o que me vai acontecer amanhã e depois. O que farei? O que farei para que, no limiar da morte, sinta que os que ficam se poderão lembrar de mim com orgulho?
É disso que se trata.

Quem me dera acreditar na vida após a morte.


mais informações sobre o assunto
: http://porque2012.com/porque2012.html

1 comentário:

  1. A inversão dos polos magnéticos vai ser tenebrosa... ou não.

    Veremos, veremos...

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