4.9.17

poemas para músicas, II, Sal e Azar

o nosso acordo é do silêncio,
é um contrato calado.
é da cor da nossa figura e
faz sorrir um triste fado.

mato todos os dias um pedaço bom de mim
que tento guardar para te dar depois,
quente, frio ou assim assim.

tenho uns quantos sacos com mofo para ti,
tens que os ver.
porque o tempo passa depressa e passa sempre e eu estou a apodrecer.

abril/maio 17

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