4.9.17

poemas para músicas, I, Vodka Castello

os acordes soam de forma suave
e não creio que haja fim para isto.
quer comecemos cedo ou tarde,
no peito, agradecemos com ironia a Cristo.

deixamos de ter telhados de vidro
e somos um pouco mais humanos,
um pouco menos mortais.
queremos corrigir-nos de manhã,
mas somos já açúcar em canaviais.

precisamos de repetir-nos nos passos que damos
e fazemos uma terapia
de dedos chamuscados entrelaçados no cabelo
suportamo-nos irmãmente por umas horas
com a benção de uma vodka castello.

com limão, por favor.
com um pouco mais de amor.

14 maio 17

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