7.5.17

de setembro de 2010

está gasta a palavra,
está gasto o pedido,
estão gastos os gestos.
estou gasta e arrasto o medo,
porque sem ele não vivo.
arrasta e empresta.
está gasta e já não presta.
a caneta, a pasta, arrasta
que já não se segura em pé.
é noite,
quer sucumbir em silêncio e,
calada, dizer basta!
quer que a sorte deixe de ser madrasta
e que
durante o sono
se torne mãe.

Sem comentários:

Enviar um comentário